CIDADÃOS
DE “PRIMEIRÍSSIMA CLASSE”
A
sociedade brasileira é uma sociedade dividida em classes; essa divisão perpassa
vários aspectos: o econômico, o social, o histórico, o cultural, o religioso,
etc. Neste texto, vamos destacar a classe de pessoas que pensam estar acima do
bem e do mal. São os políticos?! Não, nem vamos falar deles desta vez. De
alguma maneira, até que eles se encaixam nessa classe que será comentada aqui,
pois juntos com várias outras pessoas, eles também são pessoas protegidas pela
lei, buscando de todas as formas se isentarem de suas culpas; destacamos aqui
aqueles indivíduos que são pegos em flagrante e ainda assim não podem ser
punidos pelos crimes cometidos, ou melhor, são os cidadãos que não cometem
crimes e sim ATO INFRACIONAL.
Uma
ressalva é necessária: sou favorável à proteção destinada a crianças e
adolescentes em situação de risco, mas essa superproteção
destinada pelo Estado a quem, valendo-se da sua idade, comete todo tipo de
crime e ainda sai como o coitadinho da
história, repudio veementemente!
O
Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) é uma ferramenta importantíssima
para coibir todo tipo de abuso cometido contra crianças e adolescentes. O que
constatamos, porém, é que tem se tornado um instrumento utilizado na defesa de
delinquentes juvenis, que cometem todo tipo de crime, pois sabem que irão ficar
impunes porque o referido Estatuto lhes garante essa impunidade.
Agindo
assim, estamos possibilitando aos adolescentes infratores que façam parte de
uma casta de pessoas que se encontram totalmente resguardadas por esse
Estatuto, deixando de serem “corrigidos” pela Lei vigente no país, a qual
deveria servir para punir todo aquele
que comete qualquer tipo de delito.
Com
toda essa permissividade e legalidade que temos lhes dado, estamos perdendo uma
geração de meninos e meninas que se envolvem com as drogas e com vários tipos
de violência que tem permeado a nossa sociedade; eles e elas desconhecem ou
desconsideram quaisquer limites sociais, e por isso mesmo se acham no direito
de infligirem todas as regras de conduta e de boa convivência. Comportam-se
como todas as pessoas que “não estão nem aí” para o significado de viver bem e
em harmonia social, nem se preocupam se sofrerão qualquer tipo de retaliação
por parte do poder público ou mesmo de seus próprios pais, mesmo porque seus
pais acabam sendo impedidos de exercerem a sua autoridade, por força da Lei
(ECA).
Precisamos
urgentemente deixar a complacência de lado e exigir que esses marginais juvenis passem a ser
responsabilizados por seus atos, como qualquer pessoa que inflige a lei, pois a
nossa Constituição diz que todos as pessoas são iguais e assim eles não
deveriam ser privilegiados, isto é, a primeiríssima
classe a que eles pertencem não deve ser prestigiada em detrimento de todas
as demais classes.
O ECA DEVE PROTEGER QUEM
SOFRE E NÃO QUEM FAZ SOFRER.
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